Ah, se eu soubesse que era a ultima vez, não teria dito nada do que disse, não teria feito nada além de te abraçar e aproveitar cada segundo sem tirar os olhos de ti, se tivessem me avisado que era a última vez, eu poderia implorar pra que você ficasse mais um pouco, só pra te explicar que mais um pouco seria muito pouco, e que por menos que fosse já seria muito pra mim, se eu soubesse, ah se eu soubesse! Te falaria mil coisas, sem dizer uma palavra, te mostraria mil dias de agonia em um olhar. E quando você estivesse saindo, eu te chamaria de volta e daria um último abraço, com todo carinho que ninguém nunca mais vai te dar!
Poderia invocar muitas razões pelas quais me entreguei. Seus ombros, sua falta de jeito para dançar, seu carinho com a sua mãe, seu jeito de olhar para mim nas manhãs de domingo. Também poderia invocar tantas razões para não me entregar. Seu mau gênio quando está com fome, seu hábito de puxar a roupa de cama durante a noite, sua preocupação incessante com o trabalho, a posição da lua no seu mapa astral. Mas seus beijos sempre foram um fator imperativo neste balanço. Todos os seus beijos. O beijo no rosto um pouco mais demorado do que deveria no dia em que nos conhecemos. O beijo esperado e sem pressa que inaugurou essa história toda. O beijo nas minhas mãos durante jantares nos quais uma mesa inconveniente nos impunha quase um metro de distância. E dentre esses tantos beijos, houve um que acertou bem o meio da minha testa. Não me provocou cócegas, nem me deixou intrigada. Não me despertou grandes desejos, nem grandes dúvidas. Na verdade, ele não apenas não me provocou dúvidas como me
Liiindo... lembreeei de algueem..., Ahh se eu soubesse que seria a ultima veez.
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