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Mostrando postagens de março, 2010

Intenso

" Intensidade é tudo , meio termo é nada. Ou quente ou frio, o morno é abominável! Eu gosto do risco. Na verdade, das pessoas que arriscam. Admiro quem segue o coração mesmo quando sabe que, talvez, não seja a coisa mais certa a fazer. Isso porque me vejo neles. Acredito que amar pode dar certo, acredito na felicidade acima de tudo, e, principalmente, acredito na vida e no que ela é capaz de me proporcionar. Quero viver cada dia como se fosse o último. Dar a cara à tapa mesmo! Tenho milhões de defeitos... Me provoque, me desafie, me tire do sério. Mas, por favor, me faça sentir... Eu quero amar, como se ninguém nunca me houvesse feito sofrer. Dançar, como se ninguém estivesse olhando. Cantar, como se ninguém estivesse ouvindo. Viver, como se fosse no paraíso! Eu quero rir até a barriga doer Quem sabe chorar até dormir. Adoro o pôr-do-sol, e a lua me encanta. Eu sou quem dorme para o amanhã chegar mais rápido ; quem liga só pra escutar uma voz ; quem corr

Dias

Eu não quero dormir, para que o dia de hoje não acabe. Um filme em looping na minha cabeça. Uma imagem, de perfil. Isso tudo está me enlouquecendo. Será que é verdade? Será que é viagem? Dias, passem rápido.

Movido a Paixão

As grandes paixões são para aqueles que possuem uma grande alma e os grandes acontecimentos só podem ser compreendidos por aqueles que estão no mesmo nível (...) (...) Você veio até mim para aprender o prazer da vida e o prazer da arte. Talvez eu tenha preferido ensinar-lhe algo muito mais maravilhoso: o significado do sofrimento e toda a sua beleza . OSCAR WILDE

Passion

A paixão não é uma coisa que a gente possa encontrar saindo pelo mundo como um turista da vida. Pois não basta esbarrar na paixão; ainda é preciso encará-la quando ela se apresenta.

Loucura

Tenho trabalhado tanto, mas penso sempre em você. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assentada aos poucos e com mais força enquanto a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos. Tão transparentes que até parecem de vidro, vidro tão fino que, quando penso mais forte, parece que vai ficar assim clack! e quebrar em cacos, o pensamento que penso de você. Se não dormisse cedo nem estivesse quase sempre cansado, acho que esses pensamentos quase doeriam e fariam clack! de madrugada e eu me veria catando cacos de vidro entre os lençóis. Brilham, na palma da minha mão. Num deles, tem uma borboleta de asa rasgada. Noutro, um barco confundido com a linha do horizonte, onde também tem uma ilha. Não, não: acho que a ilha mora num caquinho só dela. Noutro, um punhal de jade. Coisas assim, algumas ferem, mesmo essas que são bonitas. Parecem filme, livro, quadro. Não doem porque não ameaçam. Nada que eu penso de você ameaça. Durmo cedo, nunca qu

Tentar

...agora está feito e foda-se, nada vale a pena, puxar as cobertas, cobrir a cabeça, tudo vale a pena se a alma, você sabe, mas alma existe mesmo? e quem garante? e quem se importa? apagar a luz e mergulhar de olhos fechados no quente fundo da curva do teu ombro, tanto frio, naufragar outra vez em tua boca, reinventar no escuro teu corpo moço de homem apertado contra meu corpo de homem moço também, apalpar as virilhas, o pescoço, sem entender, sem conseguir chorar, abandonado, apavorado, mastigando maldições, dúbios indícios, sinistros augúrios, e amanhã não desisto: te procuro em outro corpo, juro que um dia eu encontro. Não temos culpa, tentei. Tentamos.

Pra Sempre

1986 Nós somos sobreviventes de um desastre... mas eu quero te dizer que... aconteça o que acontecer... quero que você saiba... quero você diga para as mulheres que você conhecer... que lá no fundo... onde eu fui... é só escuro... e lá, na solidão completa, de repente surgem uns peixes luminosos... embriões flutuando à sua volta... os filhos de tua coragem... e você começa a subir de volta... sentindo uma alegria nova... e não é a tal da “purificação pelo sofrimento” não, é ver... ver que há qualquer coisa eterna na tua loucura... que tua loucura é eterna... real... como o vento... o fogo... as árvores que se moviam na minha infância... hoje minha loucura é verdadeira como as coisas... e aí eu comecei a me sentir uma habitante do planeta, eu sou a verdade... e quero que saiba também que quando vejo você caído no chão, fraco feito um trapo... você passa a ser meu herói de novo... engraçado... quanto mais fraco você fica, mais gosto de você... nós dois... destruídos... sem pose.

Desculpa

Engraçado, fico perdidamente arrepiada quando leio esse texto. Sempre, sempre, sempre. Nunca fiz idéia de quem era CFA, de repente parece que tudi dele pula na minha frente. Eu amo esse texto, e agora?

Soul Meets Body

DEATH CAB FOR CUTIE "Soul Meets Body" I want to live where soul meets body And let the sun wrap its arms around me And bathe my skin in water cool and cleansing And feel, feel what its like to be new Cause in my head there’s a greyhound station Where I send my thoughts to far off destinations So they may have a chance of finding a place where they’re far more suited than here And I cannot guess what we'll discover When we turn the dirt with our palms cupped like shovels But I know our filthy hands can wash one another’s And not one speck will remain And I do believe it’s true That there are roads left in both of our shoes But if the silence takes you Then I hope it takes me too So brown eyes I hold you near Cause you’re the only song I want to hear A melody softly soaring through my atmosphere Where soul meets body Where soul meets body Where soul meets body And I do believe it’s true That there are

O dia em que Júpiter encontrou Saturno (Nova história colorida)

Foi a primeira pessoa que viu quando entrou. Tão bonito que ela baixou os olhos, sem querer querendo que ele também a tivesse visto. Deram-lhe um copo de plástico com vodca, gelo e uma casquinha de limão. Ela triturou a casquinha entre os dentes, mexendo o gelo com a ponta do indicador, sem beber. Com a movimentação dos outros, levantando o tempo todo para dançar rocks barulhentos ou afundar nos quartos onde rolavam carreiras e baseados, devagarinho conquistou a cadeira de junco junto à janela. A noite clara lá fora estendida sobre a Henrique Schaumann, a avenida poncho & conga, riu sozinha. Ria sozinha quase o tempo todo, uma moça magra querendo controlar a própria loucura, discretamente infeliz. Molhou os lábios na vodca tomando coragem de olhar para ele, um moço queimado de sol e calças brancas com a barra descosturada. Baixou outra vez os olhos, embora morena também, e suspirou soltando os ombros, coluna amoldando-se tensa ao junco da cadeira. Só porque era sábado e não ficaria